A deflação registrada no mês de agosto foi acompanhada por uma alta menor dos preços no setor de serviços, o mais importante da economia nacional. No mês, a inflação das atividades do segmento aumentou 0,28%, a menor taxa desde novembro de 2021.
Os dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) correspondem à segunda desaceleração seguida de preços dos serviços, após altas de 0,9% em junho e de 0,8% em julho. Em agosto do ano passado, a inflação do segmento foi de 0,39%.
Mesmo com as altas em ritmo menor, os preços do setor de serviços subiram 8,76% no acumulado dos últimos 12 meses, variação semelhante à do índice oficial de preços (+8,73%), que figura abaixo dos dois dígitos pela primeira vez em um ano.
Ainda que os preços tenham subido em ritmo menor, a alta disseminada entre as atividades do setor ainda chama atenção. Em agosto, chamada difusão atingiu três de cada cinco (65,8%) atividades do setor.
Entre os 38 serviços analisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 25 ficaram mais caros, oito (21%) estão mais baratos e cinco (13,2%) apresentaram estabilidade no mês passado.
Entre as altas apuradas no mês aparecem as mudanças (+3,92%), o seguro voluntário de veículo (+2,27%) os serviços de costureira (+2,12%), a hospedagem (+1,52%), o aluguel (+1,42%) e pintura de veículo (+1,12%), os cursos diversos (+1,14%) e a alimentação fora de casa (+0,89%).
De acordo com Sodré, a inflação das refeições distantes do domicílio também é motivada pelo processo de retomada com a redução das medidas restritivas para conter o avanço da pandemia. “As pessoas estão saindo mais para almoçar e jantar, os shoppings estão mais cheios e isso reflete nos preços”, afirma o economista.