Nesta segunda-feira (18), em reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o sistema eleitoral brasileiro, levantou novamente suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal).
Bolsonaro relembrou o inquérito aberto pela Polícia Federal para apurar eventuais invasões dos sistemas do TSE, em 2018. “O hacker disse claramente que ele teve acesso a tudo dentro do TSE. Disse mais: obtive acesso aos milhares de códigos-fonte, que teve acesso a uma senha de um ministro do TSE, bem como de outras autoridades.
Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses nos computadores”, disse. “O próprio TSE e a conclusão da própria Polícia Federal, o atacante conseguiu copiar toda a base de dados”, completou.
O chefe do Executivo se tornou alvo de uma investigação, em tramitação no Supremo Tribunal Federal, por ter divulgado em uma live informações referentes a um inquérito policial sigiloso em 2021.
Em seu discurso, Bolsonaro voltou a atacar ministros do STF e do TSE, como Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. O presidente afirmou que Fachin, em uma decisão monocrática e depois validada pela mais alta corte do país, tornou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) elegível, e disse que o petista seria o candidato de Fachin nas eleições de outubro.
Na sequência, Bolsonaro afirmou que Barroso chegou ao STF após ter advogado pelo italiano Cesare Battisti, e que por isso ganhou apreço dos petistas e foi indicado pelo PT. Ele também criticou as viagens feitas por ministros do TSE para convidar instituições, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), para acompanhar o pleito eleitoral brasileiro.