Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Flávio Dino tem uma semana para intensificar o périplo no Senado e conquistar mais 17 votos na Casa para ter seu nome aprovado ao cargo.
A avaliação do titular do Ministério da Justiça está marcada para a próxima quarta-feira, dia 13, depois de passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
Logo após a indicação para suceder a ministra Rosa Weber, que se aposentou no final de setembro, Dino começou a procurar os gabinetes dos 81 senadores para angariar apoios a seu nome. Levantamento feito pelo Globo na última sexta-feira, mostrou que ele já conquistou o apoio público de 24 senadores e, para passar na votação, ainda precisa garantir outros 17 apoios. Para passar, ele precisa de 41 votos, ou seja, a maioria absoluta da Casa.
Nessa corrida, a conta já descartaria outros 21 senadores que, ao GLOBO, se mostraram contrários ao nome de Flávio Dino para ocupar uma cadeira no STF. Entre os parlamentares que não aprovaram a escolha de Lula, há nomes filiados a partidos com espaço na Esplanada dos Ministérios, a exemplo do União Brasil e do Republicanos.
A aposta do ministro da Justiça para conquistar a maioria dos votos está na base aliada do governo, que representa a maior parte dos parlamentares que não se posicionaram sobre a votação. Entre os partidos que integram a equipe de Lula, a maioria dos indecisos é do PSD, somando cinco parlamentares, enquanto outros quatro não responderam ao questionamento do Globo.
“Trata-se de uma figura reconhecida e admirada nos mundos jurídico e político. Ex-professor de duas universidades federais (UFMA e UnB), mestre em Direito, ex-juiz, senador, ministro de estado, ex-governador, alguém que teve experiências exitosas no exercício de funções dos três poderes da República”, justifica Weverton em seu parecer.