Há um mês, o Brasil foi surpreendido pelas cenas de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, na capital federal. Em tentativa de golpe de Estado, bolsonaristas inconformados com o resultado da eleição presidencial marcharam do Quartel-General do Exército do DF até a Esplanada dos Ministérios e destruíram prédios públicos.
Logo após os ataques, integrantes do Legislativo, Executivo e Judiciário se uniram para uma reação rápida e enérgica aos atos, classificados pelas principais autoridades da República como “terroristas”. Até o momento, 942 dos 1.406 detidos após os episódios de vandalismo permanecem presos; 462 estão com tornozeleira eletrônica. Há ainda 653 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR); 92 pessoas e sete empresas tiveram o patrimônio bloqueado por financiar ou participar dos atos antidemocráticos, e outras 84 foram denunciadas e aguardam decisão da Justiça para bloqueio dos bens.
O prejuízo estimado pela destruição das sedes dos Três Poderes é de, pelo menos, R$ 20,7 milhões.
A investigação para identificar participantes, financiadores e fomentadores dos atos golpistas segue em curso. Na terça-feira (7/2), por exemplo, a Polícia Federal (PF) deflagrou a quinta fase da Operação Lesa Pátria. Quatro policiais foram presos por suspeita de omissão no caso. São eles:
- Coronel Jorge Eduardo Naime — ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)
- Capitão Josiel Pereira César — ajudante de ordens do comando-geral da PMDF
- Major Flávio Silvestre de Alencar — investigado por liberar o acesso dos extremistas ao STF
- Tenente Rafael Pereira Martins